O objetivo é trazer acessibilidade nas pregações e Santas Missas
MATO GROSSO – Para trazer acessibilidade para pessoas surdas, pela primeira vez, o Vinde e Vede fará a interpretação com o uso da língua de sinais. O 37º Vinde e Vede, que inicia no próximo dia 10 de fevereiro de 2024 e encerra na terça-feira (13) de Carnaval, acolherá, por meio da Pastoral dos Surdos, pessoas com deficiência ou com dificuldades auditivas.
“Construir a didática para esses quatro dias de evento é um desafio. A pessoa surda quer saber sobre o rito da missa e não só a tradução do que o padre está dizendo. Passo-a-passo vamos catequizando e instruindo nosso grupo, que terá um espaço reservado, pronto para acolher mais e mais, uma vez que gostamos de estar em grupos socializando, e não tenho dúvidas de que será uma experiência incrível”, destacou Maurício Silva, fonoaudiólogo e intérprete de sinais que, voluntariamente, acompanha a Pastoral na Arquidiocese desde sua criação.
O espaço reservado para pessoas surdas será na área VIP da Arena Pantanal. Na programação, para os quatro dias, estão previstas a interação e acompanhamento pelos membros da pastoral e também do sacerdote que dirige o grupo, composto por mais de vinte pessoas, o padre Flávio Jesus, vigário da Paróquia São João Bosco.
“Nosso objetivo é acolher as pessoas surdas, dar visibilidade as suas causas e também compreender que são pessoas que se expressam e precisam de inserção na comunidade local. Fico feliz com a mobilização pastoral de nossa Arquidiocese que se preocupa em viver o Vinde e Vede e apresentar esse movimento de evangelização para mais pessoas”, ressaltou o arcebispo metropolitano, dom Mário Antonio.
PASTORAL DOS SURDOS
A Pastoral dos Surdos existe desde a década de 50 no Brasil. Na Arquidiocese de Cuiabá ela está presente há duas décadas, iniciou na Catedral Senhor Bom Jesus de Cuiabá e, hoje, acolhe e acompanha um grupo de mais de 20 pessoas surdas, semanalmente, na Paróquia São João Bosco, em Cuiabá. Durante os quatro dias de Vinde e Vede a sala VIP estará para atendimento e acolhimento de pessoas surdas.
Fonte: Jornal Estadão
