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Venezuelanos surdos são acolhidos em São Paulo

Grupo não é oralizado e não tem fluência em Libras. Atendimento teve participação de refugiada que é intérprete da Língua Venezuelana de Sinais. Prefeitura lançou nesta semana o Observatório da Pessoa com Deficiência.

Três cidadãos venezuelanos que são surdos e chegaram há pouco tempo na cidade de São Paulo foram atendidos nesta semana pela Central de Intermediação em Libras (CIL) da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED).

O trabalho solicitado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) teve participação de uma intérprete da Língua Venezuelana de Sinais que está refugiada na capital paulista.

Nenhum integrante da família de venezuelanos surdos é oralizado ou tem fluência em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. O trio havia buscado ajuda da Supervisão de Assistência Social (SAS) no Jabaquara, zona sul da cidade, e foi recebido pela CIL na quarta-feira, 15.

De acordo com a SMPED, o atendimento pela CIL seria feito com o apoio de uma intérprete no Panamá, país da América Central, mas a secretaria encontrou Sara Cardenas, venezuelana refugiada em São Paulo que é intérprete da Língua Venezuelana de Sinais.

 

Coincidência
No mesmo dia do atendimento ao três venezuelanos, a Prefeitura de São Paulo lançou o Observatório Municipal da Pessoa com Deficiência, que será coordenado pela SMPED e irá produzir, reunir, analisar e divulgar dados estatísticos e analíticos relativos à pessoa com deficiência residente na cidade de São Paulo, além de avaliar serviços e políticas públicas de inclusão.

“A ideia é subsidiar o planejamento estratégico de políticas transversais e monitorar a realização progressiva dos direitos da pessoa com deficiência, de modo a se tornar um repositório de informação sobre este segmento”, explica o secretário Cid Torquato.

“É uma iniciativa transversal, que dialoga com todas as áreas e pastas da Prefeitura, reúne os mais diversos indicadores relativos à pessoa com deficiência e estabelece correlações entre as áreas e compreende a pessoa com deficiência em sua totalidade”, diz Torquato.

O Observatório terá gráficos e painéis com os dados de cada base e já apresenta análise do perfil das pessoas com deficiência cadastradas no CadÚnico, análise do perfil dos alunos com deficiência da rede municipal de ensino, perfil dos usuários do Bilhete Único Especial, demandas de acessibilidade no 156, participantes do Contrata SP Pessoa com Deficiência, estagiários com deficiência da Prefeitura de São Paulo, selos de Acessibilidade Arquitetônica e de Acessibilidade Digital, atendimentos da Central de Intermediação em Libras (CIL) e da Paraoficina Móvel.

O serviço foi desenvolvido em parceria com o Sistema de Informação e Automação (SIAC), Startup de TI, Grupo de Arquitetura e Fábrica de Software (Garfsoft), Laboratório de pesquisa da Poli/USP e Fundação de Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE).

Fonte: Estadão

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