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Várzea Grande lança cartilha de Libras Básico

Material irá auxiliar profissionais da educação no trabalho pedagógico com crianças surdas

MATO GROSSO – Com o objetivo de ampliar as ações de inclusão de pessoas surdas na rede municipal de ensino e na sociedade, a prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel), lançou nesta quinta-feira (11) a cartilha de Libras Básico, que será utilizada como material didático para ensino da Língua Brasileira de Sinais nas unidades escolares. O evento aconteceu no Centro Municipal de Atendimento Especializado e Apoio à Inclusão “João Ribeiro Filho”.

De acordo com o Secretário Silvio Fidélis, a inclusão de pessoas com deficiência é uma prioridade da gestão municipal. “A inclusão das pessoas surdas e com outros tipos de deficiência é de importância sem igual para a formação cidadã, impactando não apenas eles e suas famílias, mas também os demais alunos, que aprendem desde cedo sobre o valor das diferenças”, disse.

A subsecretária de Educação, por sua vez, destacou a cartilha como um valioso apoio pedagógico para as escolas e compartilhou de sua experiência pessoal com o tema. “Minha família tem pessoas surdas e vejo nessa cartilha uma oportunidade para garantir que nossas crianças sejam incluídas na sociedade”, afirmou.

Também presente no evento, a superintendente pedagógica, Luz Marina da Silva, elogiou o trabalho dos intérpretes de Libras, que ela classificou como uma missão, pela dedicação necessária para o atendimento dos alunos da rede municipal. “Cada escola tem uma especificidade e precisamos ter um olhar que inclua cada uma delas. É aí que entra a compaixão, a empatia, para entender as necessidades das crianças e de suas famílias. Temos que ter esse olhar e essa escuta sensível”, completou.

O material oferecerá suporte para que os professores trabalhem Libras com os alunos surdos, principalmente, mas também com os ouvintes. “A cartilha é pioneira em Várzea Grande. Ela traz o apoio pedagógico para que as crianças surdas possam aprender sua língua, a Libras, e o Português, inclusive com atividades de outras disciplinas, como geografia e ciência, em Libras”, explica Helen Patrícia Silva Campos, uma das autoras do material.

Helen, que também foi responsável pela formação de Libras Básico dos professores da rede municipal, destaca ainda que a cartilha e as aulas de Libras para os profissionais da educação atuam como multiplicadores do trabalho de inclusão realizado pela prefeitura.

Neste sentido, Ocilene de Alencar Silva, mãe do Yudi, que tem baixa audição, diz se sentir privilegiada pelo filho poder fazer parte destas ações. “A gente como mãe e pai de crianças surdas ou baixa audição vemos as dificuldades que eles enfrentam no dia-a-dia e essa cartilha pode facilitar muito a comunicação dele com as pessoas. É algo importante para ele e para todos que convivem com ele diariamente”, disse.

E a importância da Libras vai além da comunicação. “A identidade e a aquisição de linguagem são trabalhos que precisam de bastante calma e que são beneficiados pela ligação com uma pessoa surda, que compartilha a identidade com a criança. O ouvinte pode trabalhar isso também, mas não é o mesmo nível de empatia. O surdo consegue perceber isso com mais eficácia”, detalha Laura de Arruda, professora de Libras e surda.

Hoje, todos os alunos surdos da rede municipal têm acompanhamento especializado no Centro João Ribeiro Filho. Além disso, as unidades de ensino recebem visitas periódicas da equipe de intérpretes, que trabalham tanto com as crianças surdas, quanto com os profissionais da educação e demais alunos.

A produção da cartilha iniciou no segundo semestre de 2021, para atender uma demanda percebida pelos intérpretes que trabalham na rede de ensino. Ela atende o ensino fundamental e é totalmente baseada nos preceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Os autores são os professores Aureliano Brito Villela Silva, Evellyn de Souza Louzada, Helen Patrícia da Silva Campos e Vivan Michell da Silva Santos.

O evento de lançamento contou também com a participação do Coral em Libras, da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Eunice César de Mello, e da Banda de Música de Várzea Grande, ligada à Superintendência de Cultura.

Fonte: Prefeitura de Várzea Grande

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