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Câmeras, microfones, carrinhos, equipamentos de iluminação e de edição de imagens, atores, tradutores e intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), figurinistas e demais integrantes de uma equipe de produção cinematográfica agitaram o ambiente no hall da Reitoria na tarde de quarta-feiradia 11.

O local foi uma das 74 locações que serão utilizadas para as filmagens da segunda temporada da série Crisálida, primeira série de ficção dramática bilíngue (Libras e Português) realizada no Brasil.

A primeira temporada da série estreou na TV Cultura em setembro de 2019 e alcançou grande repercussão. No ano seguinte, entrou para o catálogo exclusivo da Netflix, no Brasil e em Portugal. “Ao retratar situações familiares, sociais e psicológicas vividas por surdos, Crisálida cruza narrativas e personagens evidenciando como o contato com a língua de sinais pode ser um dos transformadores dos envolvidos num universo visual”, diz o texto publicado no site da série.

“O projeto nasceu aqui na UFSC”, diz a criadora da série, Alessandra da Rosa Pinho. Estudante do curso de Letras/Libras, ela viu o potencial das pessoas surdas. Produtora de audiovisual, Alessandra destaca os números da empreitada: 140 atores, dos quais 45 são surdos, e cerca de 350 figurantes e 400 figurinos, além de uma equipe de 42 pessoas fixas no set de filmagens. Trata-se de arte e também de economia criativa. “Nós artistas somos muito empreendedores”, diz Alessandra.

A segunda temporada da série é produzida pela Arapy Produções, Raça Livre Produções e TVi – Televisão e Cinema. As gravações acontecem desde novembro de 2022 e seguem até o final de janeiro de 2023. A expectativa de Alessandra é que a segunda temporada fique pronta ainda este ano. A estreia deverá ser novamente na TV Cultura.

“Concebida por Alessandra da Rosa Pinho e dirigida por Serginho Melo, Crisálida dá voz a uma comunidade de surdos e seu universo repleto de silêncios, mas, nem por isso, menos instigante. Composta por seis episódios, a segunda temporada traz uma narrativa moderna e ousada e discute preconceitos e injustiças, como a pedofilia, a transexualidade, o racismo e a urgência de revelar ao grande público situações singulares em que vivem cerca de 10 milhões de brasileiros”, registra o texto de divulgação da série.

A produção foi contemplada no concorrido edital do Prêmio Catarinense de Cinema 2019 e viabilizada com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual.

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina

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