O Pleno do Tribunal realizou Sessão histórica. Magistrados e representante do MPT parabenizaram a iniciativa.
Neste dia 01 de agosto de 2022, a sessão do pleno do TRT-8 foi marcada pela presença e participação de duas tradutoras e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) que, pela primeira vez, participaram da sessão, que reuniu 13 desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região e o representante do Ministério Público do Trabalho.
Durante a sessão, presidida pela desembargadora Presidente do TRT-8, Graziela Leite Colares, teve início com a presidente informando aos membros do Pleno a inclusão de Libras durante a sessão. O desembargador Francisco Sérgio Rocha, que coordena o Grupo de Trabalho da Diversidade do TRT-8, parabenizou a iniciativa. “Parabenizo a Presidência por essa iniciativa que é importante quando o Tribunal compreende e prestigia a diversidade. Nós temos a necessidade da inclusão das pessoas com deficiência, esse é um gesto no sentido correto de incluir essas pessoas que também são usuárias do serviço de justiça”, pontua.
O desembargador Walter Paro e o Procurador do Ministério Público do Trabalho, Sandoval Alves da Silva, também elogiaram a iniciativa do TRT-8. O desembargador Gabriel Napoleão Velloso Filho elogiou a medida do TRT-8 e solicitou que o serviço de intérprete de Libras seja destacado também para os juízes de primeiro grau.
As Comissões têm implementado nos principais eventos do Tribunal as intérpretes de Libras. Luiza Leão entende como cidadã que, quanto mais espaços ofertarem esse tipo de acessibilidade e outros que são muitos necessários, estaremos garantindo uma sociedade mais justa e mais humana, que entende a diversidade como um valor e busca incluir todo o mundo.
A tradutora e intérprete de Libras, Zila Marques, começou a atuar na área em 2020 e disse estar desbravando esta área de Libras aqui no TRT-8. “E estamos iniciando hoje a sessão do Pleno traduzida em Libras, e é um grande desafio. Esperamos que esse processo continue e esperamos que cada vez mais a comunidade surda tenha mais acesso a esses locais tão importantes socialmente”.
Ela explica que o trabalho de tradução não é um trabalho fácil, pois você trabalha tanto o cognitivo, quanto o físico. “É um trabalho de uma língua para outra, e não são línguas orais, são línguas diferentes, a língua Libras é uma língua gestual, e a língua portuguesa é oral. É um trabalho que exige tanto esforço físico e mental e por isso temos que ter o reversamento durante o evento”, explica.
Geny Ferreira, há 15 anos atua como tradutora e intérprete de Libras, e pela primeira vez participou de uma sessão na Justiça do Trabalho. Ela ressalta que o trabalho em Libras sempre é um desafio, que requer pesquisa constantes, estudos e muito aprendizado.
Fonte: Justiça do Trabalho – PA/AP