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De acordo com a produção do evento, esse foi o primeiro concerto organizado pela orquestra a ser voltado para o público surdo. Concerto contou com repertório e instrumentos graves para aumentar vibrações.

Surdos utilizaram balões para assistir e sentir a vibração de um concerto da Orquestra Filarmônica de Goiás realizado em Goiânia. De acordo com a produção do evento, esse foi o primeiro concerto organizado pela orquestra a ser voltado para o público surdo, ainda que tenha sido aberto ao público geral.

O evento aconteceu na noite de quinta-feira (13), no teatro do Instituto Federal de Goiás, no Setor Central da capital. De acordo com o gerente da orquestra, Wesley Farias, o objetivo do concerto foi democratizar a música, a levando para todos os tipos de público.

“Uma das metas da Orquestra Filarmônica é levar a música de orquestra para quem não tem acesso a ela. Tanto pessoas portadoras de necessidades especiais, quanto pessoas da periferia”, detalhou.

Para que a realização desse concerto fosse concretizada, a maestra esteve acompanhada de uma intérprete de Libras. Além disso, Wesley explicou que cada uma das pessoas que chegou ao teatro, foi entregue um balão.

“O balão serviu como um receptor da vibração, já que com ele, é possível sentir o deslocamento do aro e o vibrar do som com muito mais facilidade”, detalhou.

O concerto, de acordo com a produção do evento, foi dividido em duas partes. Na primeira, a plateia se manteve sentada, com os balões na mão, sentindo a vibração das músicas por ele. Já na segunda parte, o público pôde ir até o palco para sentir a vibração ao tocar nos próprios instrumentos.

Assim como a entrega dos balões, a escolha do repertório a ser tocado, que contou com Giuseppe Verdi, Franz von Suppé,Ludwig van Beethoven e Johannes Brahms, também foi pensado nos mínimos detalhes. O objetivo era garantir que o público surdo pudesse sentir as vibrações das músicas da forma mais impactante possível.

“A escolha do repertório foi pensada para isso, para que tivesse momentos de mais impacto, mais fortes. Para isso, não tocamos sinfonias inteiras, mas trechos específicos que seriam mais interessantes a esse público”, disse.

Assim como trechos específicos das melodias que foram escolhidos, a prioridade foi utilizar instrumentos mais graves ou os “ataques” dos instrumentos de percussão (como o prato), para que o efeito sentido através dos balões fosse ainda mais potente.

O gerente da orquestra explicou que o concerto voltado para o público surdo faz parte do Projeto Raízes, que foi idealizado pelo maestro titular e diretor artístico da Orquestra Filarmônica de Goiás, Neil Thomson. No projeto, ele conta que anteriormente já foi realizado um concerto voltado para crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Fonte: G1

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