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O RS não dispõe desses centros para o acesso aos serviços públicos essenciais

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa ouviu em audiência pública, na última semana, entidades e lideranças da comunidade de surdos que reivindicam a instalação de Centros de Intérpretes de Libras (CIL) com profissionais certificados para que tenham acesso aos seus direitos básicos de cidadania. O RS não dispõe desses centros para o acesso aos serviços públicos essenciais.

Conduzida e proposta pela deputada Sofia Cavedon (PT), a audiência, em formato virtual, contou com a intérprete de Libras Luciana Vargas. Diversos líderes de associações de surdos tanto de Porto Alegre quanto de Alvorada, Viamão, Bento Gonçalves, Uruguaiana, Caxias do Sul e Pelotas participaram da audiência. Os jovens ativistas dos direitos da comunidade surda querem que seus direitos sejam assegurados, com acessos aos bens e serviços públicos essenciais, como saúde e segurança, com a garantia legal da presença dos intérpretes de Libras para capacitá-los à plenitude como cidadãos e o usufruto de seus direitos.

A presidente da Sociedade dos Surdos de Caxias do Sul, Francine Pedrotti relatou as dificuldades do cotidiano, especialmente com a falta de intérpretes disponíveis na cidade. Ela também manifestou preocupação com os casos de violência doméstica e as dificuldades para a vítima surda fazer a denúncia.

A audiência também constou o envio de documento à Famurs e aos 497 municípios gaúchos para que adotem com urgência os Centros de Intérpretes de Libras. A comunidade de deficientes auditivos também sinalizou contrariedade com o teor do PL 293/2021, do Executivo, que tramita na Assembleia para instituir a Lei Gaúcha da Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência. Por fim, a deputada Sofia projetou os próximos passos em busca de apoios à intérpretes de libras no Estado.

Fonte: Tua Rádio

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