Uma aluna de bioengenharia da Universidade Northeastern, nos EUA, desenvolveu um robô capaz de reproduzir uma língua de sinais táteis para ajudar surdos-cegos a se comunicarem sem a ajuda de um intérprete, utilizando apenas a interação com os gestos realizados pelo braço robótico.
Geralmente, os surdos podem se comunicar de maneira efetiva com outras pessoas por meio de uma língua de sinais visuais, mas para indivíduos cegos e surdos essa forma de comunicação não funciona, já que a língua deve ter algo em que essas pessoas possam tocar e sentir enquanto conversam.
“Quando estava observando o sinal do intérprete, perguntei: ‘Como você se comunica sem o intérprete?’ E a resposta foi simplesmente: ‘Não o fazemos’”, lembra Samanta Johnson, que teve a ideia de criar o robô durante um curso de língua de sinais, quando estava no segundo ano da faculdade de bioengenharia.
TATUM
Para que surdos-cegos consigam interagir e sentir o formato da mão eletrônica, o tamanho e a textura da “pele” digital se parecem com mãos humanas. Cada movimento ou sinal pode ser interpretado com um simples toque do usuário. Por enquanto, o TATUM foi treinado para soletrar com os dedos apenas algumas palavras básicas.
“O objetivo é criar algo que possa ser utilizado por alguém que usa a língua de sinais para se comunicar sem depender de outra pessoa. O robô seria útil em casa, no consultório médico ou em outros ambientes onde alguém queira ter uma comunicação privada, ou um intérprete pode não estar prontamente disponível”, acrescenta Johnson.
Futuro
No futuro, os pesquisadores acreditam que o robô se tornará fluente em língua de sinais táteis, podendo ser conectado a sistemas de comunicação baseados em texto, como e-mails, mensagens eletrônicas, livros ou rede sociais, dando aos usuários uma sensação de independência muito maior.
“Nós queremos que o robô consiga assinar mensagens ou textos para o usuário, e que ele seja personalizável, já que assim como em qualquer outro idioma, existem sinais, palavras ou frases únicas usadas em várias regiões e alguns sinais significam coisas completamente diferentes dependendo do contexto cultural”, termina Samanta Johnson.
Fonte: Canaltech