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O curso contempla os campi Açailândia e Imperatriz e a unidade avançada de Itinga. São 90 participantes, entre acadêmicos e comunidade externa.

O Núcleo de saúde e Acessibilidade Educacional – NACE, da UEMASUL, iniciou nesta terça-feira, 22, o projeto curso básico de Libras. O curso contempla os campi Açailândia e Imperatriz e a unidade avançada de Itinga. São 90 participantes, entre acadêmicos e comunidade externa. As atividades irão proporcionar conhecimentos específicos que envolvem a Libras, os aspectos contemporâneos relacionados à aquisição pelas pessoas surdas, possibilitar  um entendimento das estruturas gramaticais da língua,  e reconhecê-la como língua natural da comunidade surda do Brasil, percebendo suas características próprias.

A necessidade da inclusão dos surdos, principalmente no ambiente educacional, pautou o desenvolvimento de políticas de inclusão e, em 24 de abril de 2002, por meio da Lei nº 10.436, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como língua oficial no país. A Lei se destina a assegurar o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoas com deficiências, visando a inclusão social e a cidadania.

O projeto foi elaborado pela coordenadora do NACE, professora Cláudia Lúcia Alves, com a participação de estudantes voluntários da especialização em Libras, Brenda Patrícia Silva, Cleison Morais Silva Ribeiro e Joyce Melo da Costa. A professora elaborou o curso por haver uma procura constante por pessoas interessadas no assunto. “O curso partiu das necessidades tanto de alunos quanto de servidores da universidade e de pessoas da comunidade, que sempre nos perguntava quando teríamos o curso. Como temos uma pós-graduação de Libras, resolvemos ofertar o curso com a participação de três alunos voluntários”.

Como uma segunda língua reconhecida no Brasil, há a necessidade de se conhecer e compreender a cultura e a identidade da Libras, que está cada dia mais presente em diversos espaços. O objetivo do curso é proporcionar o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais, identificando as características fundamentais da mesma, em todas as dimensões, valorizando os aspectos socioculturais numa proposta bilíngue, respeitando direitos, deveres e oportunidades inerentes a uma sociedade pluralista.

A estudante e voluntária do projeto, Joyce Melo da Costa, falou sobre a importância do curso para sua vida profissional. “Aprender a Língua Brasileira de Sinais colabora para a inclusão e é uma ferramenta importante para a carreira profissional, pois além de ser um diferencial no currículo, é possível fazer a diferença na vida de alguém, como por exemplo: no campo educacional, no atendimento em uma loja, farmácia, hospital, ou no RH de uma empresa. É relevante compreender que aprender uma língua como a Libras acrescenta conhecimento específico; além de ajudar nos seus demais aprendizados, justamente por estimular o raciocínio. Uma capacitação na área de Libras, além de tudo, forma profissionais com competências intelectuais e que podem vencer barreiras de comunicação”.

Durante o curso serão ministrados conteúdos diversos  sobre os aspectos gerais da educação de surdos: A pessoa surda: conceitos, cultura e identidade, Compreender as diferenças culturais e linguística que envolvem a comunidade surda, Fomentar a valorização da língua e a cultura das pessoas surdas, Analisar os aspectos gramaticais dessa língua, Filosofias educacionais, Legislação, História da Língua de sinais, Aspectos Linguístico da Língua de sinais, Conceito de Língua e linguagem, Estrutura gramatical, Variações linguísticas, Iconicidade e Arbitrariedade.

Fonte: UEMASUL

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