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Professora da rede pública de Curitiba aprende Libras para se comunicar com estudante

O estudante Dionner Jesus Ramirez Bracho, do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal CEI Expedicionário (Novo Mundo), foi a inspiração para a professora Marília Pereira Rosa aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Ele veio com a família da Venezuela e foi matriculado na escola em outubro do ano passado. O menino está em fase de alfabetização, mudou de país e não frequentava a escola na sua terra natal.

“Eu nunca tive um aluno surdo, nunca precisei me comunicar assim, nunca precisei explicar os conteúdos de maneira tão visual. Mas, quando soube que assumiria a turma do Dionner, iniciei a formação em Libras e tem sido ótimo, com muitas descobertas”, relata a professora.

“Mesmo ele tendo uma professora bilíngue para a língua de sinais, a Valéria, me senti na necessidade de aprender também. Afinal, eu sou responsável pela turma e preciso me comunicar com todos”, afirma Marília.

O curso é ofertado pela equipe do Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado. É ministrado quinzenalmente e tem 120 participantes.

Curioso e interessado
Dionner é curioso, observador. “Ele olha tudo e aprende fácil. Por exemplo, escrevemos porta e colamos na porta, o mesmo na parede, mesa, enfim, e ele entende na hora como escrever”, conta a professora.

A professora bilíngue, Valéria Maria Lemos Fernandes, está sempre com Dionner e a adaptação dele tem sido rápida, relata Marília. “No começo, ele não estava acostumado com o ambiente, não pedia para ir ao banheiro, simplesmente saía da sala, a gente ia atrás, era até engraçado. Agora nos entendemos muito bem, explico qual é a tarefa de casa e ele entende”, comemora Marília.

O diretor da unidade, Adriano Borecki conta que o entrosamento de Dionner com os colegas é muito bom, pois ele se sente pertencente ao grupo e está sempre interessado em participar das atividades.

Inclusão na rede
Dionner é um exemplo de estudante em inclusão nas turmas regulares da rede municipal de ensino, que atende também crianças com algum tipo de deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA), transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, síndrome de Down, comprometimento motor, Transtornos Funcionais Específicos, entre outros.

As ações são coordenadas pelo Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado (DIAEE), responsável pelos processos referentes à orientação e ao atendimento desses estudantes.

O DIAEE oferece suporte teórico e orientações práticas aos profissionais da educação, assessoramento pedagógico às unidades educacionais, além de desenvolvimento profissional na área da educação especial e inclusão escolar, integração entre a escola e instituições de atendimentos especializados e o Transporte para a Educação Especial (SITES).

Fonte: Bem Paraná

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