Promover a inclusão social no Município. Dessa forma que a Prefeitura de Porto Nacional, através da Secretaria Municipal da Educação, incluiu, ainda em 2018, a disciplina de Libras – Língua Brasileira de Sinais na grade curricular dos professores.
Atualmente, 13 escolas municipais, sendo nove (9) em Porto Nacional, três (3), no Distrito de Luzimangues e uma (1) no Assentamento Prata, a Escola Ercina Monteiro ofertam a matéria para a comunidade surda e não surda. No total, setenta (70) turmas de 4º e 5º ano contam com a disciplina, obrigatória no histórico escolar. O Município é o único do Tocantins a ter em sua estrutura curricular a língua oficial dos surdos. Cerca de 1900 alunos são atendidos.
A ideia de inserir a disciplina de Libras no currículo escolar partiu da diretora de Pedagógica, Gisele Cristine, que além do intuito inclusivo nas escolas, o Município é cidade-polo do curso de Letras/Libras, oferecido pela Universidade Federal do Tocantins (UFT/TO). Essa proposta pedagógica de governo, à época, foi aprovada em assembleia pelos professores.
A secretária municipal da Educação, Shyrleide Maia, afirmou que o prefeito Joaquim Maia tem buscado promover a inclusão social de todos que tenham necessidades especiais.
“Como forma de inclusão, vimos a necessidade de disponibilizar o ensino da Libras na Rede Municipal de Ensino, para facilitar a comunicação e quebrar as limitações”, destacou o prefeito Joaquim Maia.
“A Secretaria Municipal da Educação incluiu a disciplina Libras nos 4º e 5º anos. Essa matéria é estudada por todos, com o objetivo de facilitar as comunicações interpessoais na sala de aula; com a família, em casa, e com a comunidade em geral”, informou Shyrleide Maia.
Volta às Aulas
As aulas de Libras já retornam na próxima segunda-feira, dia 03 de fevereiro, na Escola Municipal Dr. Euvaldo Tomaz de Souza e na terça-feira, dia 04, na Escola Municipal Fanny Macedo. As aulas acontecem uma vez por semana em cada turma.
Respeito às diferenças
Segundo a diretora de Educação de Porto Nacional, Gisele Cristine, idealizadora da iniciativa da inclusão da disciplina no currículo, “é uma das ações exitosas da gestão”.
“Desde o início do atual governo municipal, descobrimos uma grande comunidade de surdos em Porto Nacional. Para os surdos, o português é aquilo que eles podem ver, uma vez que não têm acesso às propriedades sonoras. Com a Libras, hoje temos um resultado positivo. Tudo melhorou, inclusive as relações comunicacionais”, explicou a professora Gisele.
AEE
São três professores de Libras, sendo uma professora ouvinte, em Luzimangues, que dá aulas de reforço para um aluno surdo e dois professores surdos em Porto Nacional. O Município é a única cidade do Tocantins a ter dois profissionais de ensino fundamental, com deficiência auditiva, no quadro de servidores.
Termo
O Termo usado é “surdo”. Deficiente auditivo é a pessoa que possui perda auditiva, mas que não usa a Língua de Sinais como comunicação.
Histórico
Tendo o português como primeira língua oficial, o Brasil também reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua das comunidades surdas brasileiras desde 2002. Mesmo antes da oficialização, a Libras já era falada no Brasil, desde o século XIX (19).
Detentora de características próprias e reconhecida em todos os aspectos linguísticos como morfologia, sintaxe e pragmática, a Libras se diferencia do português na medida em que se apresenta na modalidade visuoespacial, ou seja, composta por um conjunto de movimentos e expressões captados pela visão.
A língua de sinais não é universal, já que cada comunidade tem seu idioma. No caso do Brasil, a Libras deriva da Língua de Sinais Francesa (LSF), trazida ao país por um professor francês que, em 1857, participou da fundação da primeira escola brasileira para surdos, do país. Com o tempo, houve a adaptação e a fusão da língua francesa com sinais já utilizados informalmente pelos brasileiros.
Fonte: http://surgiu.com.br/2020/01/29/porto-nacional-e-o-unico-municipio-do-tocantins-que-oferta-a-disciplina-de-libras-na-rede-municipal-de-ensino/