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Vencedor do Oscar tem roteiro adaptado de comédia dramática francesa de 2014, que causou polêmica ao escalar atores ouvintes em papéis de surdos. Veja ainda o que filmes têm em comum.

Cartaz: “No Ritmo do Coração”

Ganhador do Oscar 2022 de Melhor Filme, “No ritmo do coração” tem roteiro adaptado de uma comédia dramática francesa de 2014.

Cartaz “A Família Bélier”

Abaixo, tem as diferenças e semelhanças entre o vencedor do Oscar e a comédia “A Família Bélier”, sucesso de bilheteria na França.

A história, basicamente, é a mesma

Os dois filmes são comédias dramáticas com uma história de uma menina que sonha em ser cantora, mesmo sendo a única ouvinte de uma família surda. Nos dois casos, não se trata de uma história real.

Troy Kotsur, que interpreta o pai da família de ‘No ritmo do coração’, vence o Oscar de melhor ator coadjuvante

Atores surdos x atores ouvintes
Em “No ritmo do coração”, a protagonista Ruby (Emilia Jones) convive com o irmão surdo Leo (Daniel Durant) e os pais Jackie (Marlee Matlin, primeira surda vencedora do Oscar por atuação em língua de sinais, em 1987, por “Filhos do Silêncio) e Frank (Troy Kotsur, primeiro ator surdo vencedor do Oscar, vencendo por este papel).

Marlee Matlin, primeira surda vencedora do Oscar por atuação em língua de sinais, em 1987, por “Filhos do Silêncio

“A família Berlier” não foi uma unanimidade e chegou a ser criticado por organizações de pessoas surdas devido ao elenco de atores ouvintes e falavam interpretando surdos.

Famílias são iguais, mas diferentes

A Família Belíer

No original, é uma família de fazendeiros. Na adaptação, os pais e o irmão da aspirante a cantora são pescadores. Na versão americana, Leo (Daniel Durant) é mais velho que Ruby e trabalha como pescador. Ele se sente intimidado pela irmã e tenta sozinho tocar os negócios da família com os pais. Quentin, o irmão na versão francesa, é o caçula da família e não tem confronto algum com a irmã.

A música: ‘Both sides now’ x ‘Je Vole’
No original, a música escolhida para uma cena importante do desfecho do filme é “Je vole”. Essa canção francesa foi gravada em 1978 pelo cantor Michel Sardou, também compositor. A letra, segundo Sardou, é uma carta de despedida de um jovem que resolve se matar: “Meus queridos pais, estou partindo, eu os amo, mas estou indo. Vocês não terão mais sua criança, nesta noite”. A letra ganha outro contexto no filme, dando a entender ser sobre uma jovem que quer sair de casa.

“No Ritmo do Coração” (CODA)

Em “No ritmo do coração”, a música principal cantada pela protagonista é “Both sides now”, da canadense Joni Mitchell. A letra é sobre alguém observando o céu e vendo nele a própria vida, com um lado mais sonhador e outro mais pé no chão. As mesmas nuvens que têm formatos lúdicos e divertidos são as responsáveis pela chuva e por impedir que o sol brilhe. A letra, então, representa o amor que a menina tem pela família, mas como se sente limitada por eles.

A cena na escola é muito parecida
A emocionante cena de um show na escola é bem parecida nos dois filmes. A jovem cantora protagonista está se apresentando e a família dela não consegue acompanhar a cantoria. De repente, ela segue cantando, mas tudo fica em silêncio. A ausência de música, mesmo com ela mexendo a boca, coloca o espectador na pele dos pais e do irmão surdos. A família nota, então, que todos estão maravilhados com a performance da garota.

“No Ritmo do Coração” ganha Oscar de melhor filme

Três Oscars x Um César
Além do principal prêmio da noite e do Oscar de Ator Coadjuvante, “No ritmo do coração” ganhou a estatueta de Melhor Roteiro Adaptado, entregue para a roteirista Sian Heder, também diretora do filme. “A Família Bélier” tem apenas um prêmio importante no currículo. A protagonista Louane Emera ganhou o César (o “Oscar francês”) de melhor atriz revelação.

Fonte: G1

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