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Livro com leitura em Libras reúne histórias de imigrantes judeus no Rio

Com linguagens acessíveis para pessoas com deficiência visual e auditiva, UMA CASA NO MUNDO conta a trajetória de imigrantes judeus que cruzaram continentes e oceanos em direção ao Brasil e encontraram no Rio de Janeiro um novo lar.

A publicação da Sapoti Projetos Culturais, produtora de conteúdos educativos e culturais com um olhar sensível às diferenças, ganhou versões em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiolivro. Os conteúdos inclusivos estão disponíveis, gratuitamente, no canal Sapoti Acessibilidade, no Youtube.

O livro traz 14 histórias de pessoas que trouxeram suas malas repletas de lembranças, costumes e expectativas de encontrar segurança, trabalho e um bom lugar para viver e criar seus filhos. Os contos, escritos por Daniela Chindler com a consultoria da antropóloga Juliana Portenoy, relembram os desafios da chegada ao Brasil dessas famílias vindas de diversos países, como Rússia, Alemanha, China, Líbano, Marrocos e Polônia.

Os leitores encontrarão histórias como a de Ricardo Szpilman, que, inspirado na música tocada por seu bisavô polônes, fundou um bloco de Carnaval na Praça Onze. Histórias de personagens tão cariocas como David Azulay, descendente de judeus marroquinos, inventor do famoso biquíni de lacinho que virou moda nas areias da praia de Ipanema nos anos 1980. Ou a história de Leona Forman, descendente de judeus russos, que nasceu na China, e recebeu o título de Carioca Honorária pelas realizações da BrazilFoundation, entidade criada por ela em prol de um Brasil mais justo.

Acessibilidade

Desde 2008, a Sapoti vem desenvolvendo ações de acessibilidade. Tudo teve início nos programa educativos que desenvolveu e executou em museus e centros culturais Brasil afora. A preocupação era criar ações para reduzir as barreiras físicas, comunicacionais, atitudinais e de conteúdo no diálogo com o público nas exposições. Visitas e contação de histórias em Libras, réplicas táteis, estações sensoriais e equipe inclusive foram algumas das propostas na época.

A inclusão de pessoas com deficiência na equipe da Sapoti também foi importante para ampliar o olhar da empresa sobre acessibilidade. Não bastava produzir conteúdo para as pessoas com deficiência, mas era preciso que os conteúdos fossem feitos com a participação delas. Desde então, a empresa já contou com quatro pessoas com deficiência regularmente contratadas na equipe, entre elas uma em cargo de liderança e coordenação.

“O olhar atento para o outro e as diferenças é a chave das nossas iniciativas. A meta é atender e acolher cada vez melhor todos os públicos”, diz Daniela Chindler, fundadora e diretora da Sapoti.

Outros vídeos de projetos educativos e culturais acessíveis, como a visita mediada em Libras à exposição do artista norte-americano Jean-Michel Basquiat, desenvolvida pela Sapoti para o CCBB Educativo em 2015, estão disponíveis no canal Sapoti Projetos Culturais, no YouTube.

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