A educação é uma ferramenta importante para a inclusão.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgados em 2020, mais de 10 milhões de pessoas têm algum problema relacionado à surdez. O número representa 5% da população brasileira. A estimativa é de que 900 milhões de pessoas no mundo todo podem desenvolver surdez até 2050, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Das dez milhões de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, apenas 7% têm ensino superior completo. O desconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma dos principais obstáculos a ser superado. Nesta segunda-feira (26), é comemorado o Dia do Intérprete de Libras. A data ressalta a importância da atuação dos profissionais na área e a necessidade da inclusão de pessoas com deficiência auditiva na educação brasileira. “O intérprete de Libras é a voz do Surdo, eles são o elo entre Surdos e ouvintes. A Comunidade Surda tem o apoio dos intérpretes em todos os âmbitos. Favorecer a comunicação dos Surdos com os ouvintes não conhecedores da Libras e ainda integrar os colegas a aprender a língua de sinais através da convivência é essencial para promover a integração nas instituições”, afirma a coordenadora do Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAP) e intérprete de libras do Centro Universitário dos Guararpapes (UNIFG), Ada Sales.
Apesar de ser a segunda língua oficial do Brasil, são poucas as pessoas as que sabem Libras, o que dificulta a interação com os alunos surdos ou com alguma deficiência auditiva, tornando o intérprete de libras imprescindível para a tradução. O profissional da área favorece a comunicação dos surdos com os ouvintes não conhecedores da Libras e integra os colegas a aprender a língua de sinais através da convivência. Mas é preciso aplicar outros métodos de inclusão, como adaptações atitudinais, metodológicas e pedagógicas. Desde o espaço em sala de aula às demais necessidades do aluno”, ressalta Ada.
Com a pandemia e as aulas acontecendo de forma remota, o desafio de inclusão aumentou ainda mais. A educação de surdos e o ensino remoto são debates contínuos, principalmente quando ambos se entrecruzam. Com o cenário de isolamento social, o Núcleo de Apoio Psicopedagógico da UNIFG reforçou o atendimento inclusivo. “A melhor forma para favorecer a inclusão desse público é em primeiro lugar é ter empatia, se colocar no lugar do próximo. Quando paramos o ensino presencial e convergimos para as aulas online, procuramos usar plataformas que já fizessem a adição de legendas nas aulas e vídeo-chamados com intérprete de libras da instituição. Fizemos as adaptações também para os eventos online”, explica Ada Sales.
Fonte: Pernambuco Notícias