Tradutores-intérpretes já começaram a atuar; 20 campi e Reitoria serão contemplados
O Instituto Federal do Ceará (IFCE) acaba de reforçar seu quadro com mais de 70 profissionais tradutores-intérpretes de Libras (TILS), língua brasileira de sinais. Contratados mediante licitação, parte do grupo já está atuando em atividades pedagógicas, transmissões, gravações, entre outros momentos, auxiliando alunos com necessidades especiais (surdos). Os Núcleos de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas (Napnes) acompanham os trabalhos em várias unidades da instituição pelo Estado.
Inicialmente, por conta do calendário letivo e suas especificações, estão sendo atendidos na primeira demanda os campi de Acopiara, Aracati, Camocim, Canindé, Crateús, Juazeiro do Norte, Maranguape, Paracuru e Sobral. Em seguida, serão contemplados, também, as unidades do IFCE em Acaraú, Baturité, Fortaleza, Guaramiranga, Horizonte, Iguatu, Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Quixadá, Reitoria e Tabuleiro do Norte. O contrato com a empresa vencedora do processo licitatório é de um ano, podendo ser prorrogado por mais cinco, assegurando regularidade e continuidade do atendimento aos estudantes que precisam desse suporte.
“Para mim, ser professor de uma aluna surda, trata-se da oportunidade de rever os meus conceitos docentes e adaptar as minhas aulas para esse novo desafio em minha vida profissional, principalmente por entender a importância da inclusão no IFCE; entrei na vaga de PCD (pessoa com deficiência) e sabemos o quanto a vida torna-se difícil para quem tem alguma deficiência permanente ou adquirida, por isso valorizo tanto essa oportunidade que muitos alunos surdos terão”, destacou Temilson Costa, coordenador de Acessibilidade e Inclusão da Pró-reitoria de Extensão do IFCE (Proext). “A vinda desses profissionais foi uma luta dos Napnes, mas houve a sensibilidade da nova gestão em conseguir os recursos para essas contratações”, comemorou.
Para Silvania Neves da Silva Chaves, uma das profissionais de Libras contratada, esse processo representa a realização pessoal e profissional. “Atuar como intérprete, em si, já é algo prazeroso por ser canal de comunicação, dando voz e ouvidos ao surdo, através das minhas mãos, porém ter a oportunidade de atuar em uma instituição como o IFCE é ainda mais exultante, pois estou sendo ferramenta de comunicação, levando acessibilidade à pessoa surda na construção da sua identidade profissional e acadêmica”, descreve. “É uma experiência muito gratificante, um passo importantíssimo nos caminhos da inclusão”, completa Silvania.
Marília da Costa Carvalho da Silva Santos, também recém-contratada, frisou a satisfação de realizar esse tipo de trabalho numa instituição como o Instituto Federal. “É um grande prazer fazer parte do IFCE; como TILS (tradutora-intérprete de Língua de Sinais), sei o quanto é uma instituição séria que dá prioridade à educação”, elogia. “Quando estava começando a conhecer a língua de sinais, em um serviço voluntário com os surdos, jamais imaginei um dia fazer parte dessa equipe tão acessível e dedicada; meu objetivo é sempre me esforçar e dar o meu melhor fazendo jus a oportunidade que me foi dada”, acrescenta.
Fonte: Instituto Federal do Ceará