O Hospital Otávio de Freitas está ofertando um curso básico de libras, focado no atendimento ao público, visando capacitar os funcionários e servidores para melhorar o atendimento da casa, promovendo uma maior integração social. São duas turmas, cada uma com 15 alunos, das áreas de enfermagem, recepção, vigilância e portaria, que estão promovendo a assistência direta aos pacientes surdos.
O curso, que começou na última segunda-feira (17/03), terá duração de 3 meses com duas aulas semanais, de 1 hora de duração, de acordo com os plantões das equipes. Os concluintes vão ter direito a certificado.
Essa é a segunda vez que o hospital faz um trabalho desse porte. Albertino Silva, técnico de enfermagem, líder do setor de humanização, coordenador do projeto e um dos tutores, afirmou que o objetivo é capacitar, pelo menos 80% da linha de frente. “A gente procurou colocar aqueles profissionais que estão atendendo os pacientes, como vigilante, porteiro, recepcionista, o pessoal do ambulatório e o corpo de enfermagem. A ideia é que a gente possa capacitar se não 100%, pelo menos 80% do pessoal que está na linha de frente”, afirmou.
A técnica de enfermagem, Márcia Viana, que trabalha no hospital há 32 anos, é uma das professoras e falou da importância da ação. “É sentimento de muita alegria, porque já fazem uns 10 anos que eu convivo com alguns surdos, dentro da comunidade surda, e eu vejo a necessidade, eu vejo o olhar do surdo, mesmo com tantos avanços, a gente ainda tem uma acessibilidade quase que zero”, disse.
“Eu amei o convite, porque eu amo Libras, eu amo o que eu faço também. Estou engajada para ajudar a melhorar a acessibilidade no hospital, onde estou há 32 anos, e é gratificante saber que aqui o paciente vai chegar e vão ter pessoas para dizer um oi, um boa tarde, tudo bem?”, completou.
Para a enfermeira da UTI pediátrica e uma das alunas, Dalvinisa Esmeraldo, o curso é necessário para que esses enfermos tenham um tratamento mais eficaz. “Estou amando o curso. Ele tem uma importância gigantesca, porque quando você tem um paciente e não consegue interagir com ele sobre a problemática da doença e a condição dele, a comunicação fica ineficiente e, o tratamento, ineficaz”, relatou.
Fonte: Governo de Pernambuco