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Governadoria pode sancionar projeto que favorece surdos

Aprovado em segunda discussão e votação no Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na tarde dessa terça-feira, 18, o Projeto de Lei nº 4552/17, do deputado Marlúcio Pereira (PRB), segue para sanção do Poder Executivo. Essa proposta dispõe sobre a adoção de linguagem compreensível às pessoas com deficiência auditiva e visual em peças teatrais e nas exibições de filmes nos cinemas do Estado.

GOIÁS – Segundo consta no artigo 1º da matéria, os teatros devem disponibilizar às produções teatrais os recursos necessários para a interpretação alternativa do espetáculo em linguagem compreensível às pessoas com deficiência auditiva. As produções teatrais ficarão obrigadas a apresentar aos estabelecimentos, com a devida antecedência, o texto correspondente ao espetáculo.

“Os recursos devem assegurar às pessoas com deficiência auditiva e visual a fruição do espetáculo em condições de conforto equivalentes às oferecidas aos demais espectadores, podendo o organizador optar pela distribuição gratuita de impresso com o texto da obra apresentada”, afirma Marlúcio.

O deputado diz que a proposta se justifica porque os portadores de deficiência visual e auditiva são excluídos de grande parte da produção cultural, por falta de um recurso simples que lhes daria acesso a essas criações por meio da narração das imagens.

“Nos cinemas há casos absurdos de o ingresso ser negado ao cego na bilheteria sob a alegação de que se não enxergam não podem assistir ao filme. O que os empresários esquecem é que os portadores de deficiências auditivas e visuais convivem com as que possuem visão e audição e devem fazer parte das atividades cotidianas do seu grupo social, como ir ao cinema, ao teatro ou museu e, de preferência, com condições mínimas que proporcionem o entendimento da obra”, sustenta o parlamentar.

Marlúcio frisa ainda que as pessoas se sentem sem acesso aos serviços, desrespeitadas no seu direito de ir e vir, e o importante é que elas estão percebendo isso. “O preconceito ficou tão natural, como quando um deficiente físico é carregado para entrar no ônibus que não tem elevador, que as pessoas não percebem como preconceito.”

Fonte: Assembleia Legislativa

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