A segunda edição do Festival VerOuvindo, que levanta a bandeira da acessibilidade no audiovisual, será realizado a partir desta quarta-feira (8) até o domingo (8), reunindo curtas e longas metragens editados com audiodescrição (técnica de tradução de imagens) e Libras (língua brasileira de sinais). As sessões acontecerão no Museu Cais do Sertão e no Cinema São Luiz.
Na programação estão os curtas Olhar Surdo, de Cláudia Moraes; Deixem Diana em Paz, de Júlio Cavani; Cadeira de Arruar, de Chico Egídio; Lua Nova do Penar, de Leila Jinkings, e os longas Uma passagem para Mário, de Eric Laurence, e Meninos de Kichute, de Luca Amberg.
Além da exibição de filmes locais e nacionais, o festival contempla debates com os diretores dos filmes, os profissionais da acessibilidade (audiodescritores e intérpretes de Libras) e o público sobre a inclusão de pessoas surdas, cegas ou de baixa visão no cinema e demais aparelhos culturais.
A mesa de abertura será nesta quarta (8), na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), e contará com a participação da audiodescritora Lívia Motta (SP) e da produtora e narradora Márcia Caspary (RS).
MOSTRA COMPETITIVA – O festival também realiza a Mostra Competitiva de curtas nacionais com audiodescrição. Foram inscritos filmes pernambucanos e de São Paulo, Rio de janeiro, Brasília e Santa Catarina. Serão premiados: o Melhor Roteiro de Audiodescrição (1º, 2º e 3º lugares), a Melhor Locução e a Melhor Audiodescrição pela escolha do Júri Popular (o público cego poderá votar com cédula braille.)
» Veja a programação completa do 2º Festival VerOuvindo:
Quarta (8), Universidade Católica, às 18h30
Mesa de abertura – A Produção da Audiodescrição no Audiovisual: Roteiro e narração. Lívia Motta (SP)- Cinema em Palavras: A construção de roteiros de audiodescrição; Marcia Caspary (RS), Narração na audiodescrição. Mediação: Liliana Tavares (PE)
Quinta (9), Museu Cais do Sertão, às 14h
Mostra Competitiva de curtas com audiodescrição com júri popular. Bate-papo sobre video clipacessível com Luíza Caspary (RS), cantora;
Sexta (10), Museu Cais do Sertão, às 14h
Mostra de curtas pernambucanos com audiodescrição e libras e bate-papo com os diretores e profissionais da acessibilidade.
Olhar surdo, Cláudia Moares, documentário, 15’, 2013. O Documentário realizado por alunos da Oficina de Audiovisual para Surdos mostra as dificuldades enfrentadas pelos surdos do Vale do São Francisco nas atividades do dia a dia, na escola e para ingressar no mercado de trabalho.
Cadeira de Arruar, Chico Egídio, documentário, 10’, 2013. Sentado na sua cadeira, seu Francisco Aristides relembra cenas da seca de 1932, no Campo de Concentrado na localidade de Buriti, Crato, Sertão do Ceará.
Lua Nova do Penar, Leila Jinkings, documentário, 27, 2013. A família de Hiram de Lima Pereira, jornalista, ator, poeta, membro do Comitê Central do Partido Comunista e desaparecido político, tinha na música e na poesia um elemento central e unificador.
Deixem Diana em Paz, Júlio Cavani, animação, 10’, 2013. No auge de sua carreira profissional e acadêmica, Diana não tem tempo para descansar. Quando completa 30 anos de idade, ela resolve largar tudo para dedicar sua vida apenas ao mar e ao sono
Sábado (11), Cinema São Luiz, às 15h
Exibição de um longa com audiodescrição ao vivo e bate-papo com a audiodescritora Lívia Motta.
Meninos de Kichute, Luca Amberg, ficção, 102’, 2010. Meninos de Kichute revela o sonho de Beto, garoto que vive com a família no interior do Brasil, na década de 70, época em que o Brasil foi tricampeão mundial e vigorava o regime militar. Os meninos calçavam tênis Kichute para jogar nos campinhos de terra. Beto quer ser jogador de futebol, mas antes tem que superar seus medos e convencer seus amigos e seu pai que é contra competição.
Domingo (12), Cinema São Luiz, às 15h
Exibição de um longa, bate-papo com o diretor e com profissionais da acessibilidade, e entrega da premiação da Mostra competitiva.
Uma passagem para Mário, Eric Laurence, documentário, 77’, 2013. O filme conta sobre amizade e superação da morte. Uma reflexão sobre as jornadas e os ciclos da vida através de uma viagem que parte de Recife, no Brasil, atravessa a Bolívia, até chegar ao deserto do Atacama, Chile.
Fonte: http://entretenimento.ne10.uol.com.br/cine-e-teatro/noticia/2015/04/07/festival-reforca-defesa-da-acessibilidade-no-audiovisual-540691.php