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Estudantes aprendem libras para se comunicar com colega

Iniciativa ocorreu após matrícula de uma aluna de 5 anos com surdo-cegueira

SÃO PAULO – A Escola Municipal Pantera Cor-de-Rosa, em Rio Preto, apresentou para a comunidade o projeto “Libras na Sala de Aula”, com evidente conotação inclusiva. Estão participando do programa 21 alunos da segunda etapa, de idade entre 5 e 6 anos, com a colaboração das professoras Eunice de Almeida da Silva Carvalho, Lucia Maria Dalbello e Rosa Maria Carneiro, juntamente com a diretora da unidade Roberta Chiari Contatores.

O projeto, que leva em consideração os direitos de aprendizagem citados na Base Nacional Comum Curricular – BNCC – (conviver, brincar, participar e explorar), começou após a aluna Isis Wendrell Eleodoro se matricular na unidade. Isis possui uma condição rara chamada surdo-cegueira (não ouve e não enxerga).

Com a chegada da aluna, foi proposto que os demais alunos aprendessem a Língua Brasileira de Sinais, para desenvolver as habilidades comunicacionais da criança e seus pares. As atividades de Libras ocorreram por meio de aulas semanais, de 45 minutos cada, inicialmente na forma remota, em que os alunos aprendiam formas de apresentação, o alfabeto, as cores, os números e canções infantis em Libras.

Segundo a diretora da unidade Roberta Chiari Contatores, as crianças puderam aprender muito mais do que uma forma de comunicação: conseguiram exercitar sua empatia com o próximo.

“Com esse projeto, as crianças aprenderam muito mais do que ‘falar com as mãos’. Elas descobriram que existe outra forma de se comunicar, que ser diferente é normal e que temos de garantir os direitos das pessoas com necessidades especiais. Aprenderam na prática aquilo que não está nos livros, mas que é tão importante para a vida: a empatia, solidariedade e respeito às diferenças”, explica.

Roberta informa que o projeto será levado a todos os alunos matriculados na unidade em 2022, após constatarem o sucesso do projeto aplicado em apenas uma turma.

“Chegou um momento que não era mais a professora que ensinava, eram as próprias crianças que diziam o que queriam aprender. Surpreenderam a todos quando começaram a pesquisar por iniciativa própria novos sinais que aprendiam e ensinavam aos seus colegas, adquirindo assim autonomia e protagonismo no processo de aprendizagem. Com esse sucesso, o projeto será aberto para todas as salas a partir de 2022. Já estamos nos preparando para o próximo ano”, conclui.

Fonte: Prefeitura de Rio Preto

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