No Brasil, existem cerca de 10 milhões de surdos, o equivalente a 5% da parcela total da população. Segundo os dados mais recentes do IBGE, a Libras é falada por mais de 2 milhões de brasileiros.
A história dos surdos durante os anos foi marcada por enorme marginalização, ocasionada, principalmente, pelo atraso dos estudos e pesquisas focadas em entender a condição da surdez.
O Setembro Azul é o mês dedicado à divulgação e conscientização sobre a comunidade surda, e inclui uma série de datas significativas, como: o Dia Internacional da Língua de Sinais (23), o Dia Nacional do Surdo (26), o Dia Internacional do Surdo (30) e o Dia Internacional do Tradutor e Intérprete (30).
Em setembro, a comunidade surda realiza vários eventos, desde simpósios a reuniões, que visam a troca de experiências e o compartilhamento de informações para a sociedade.
É através da Língua Brasileira de Sinais que a comunidade surda baseia sua luta, reforçando, para outras esferas da sociedade, a importância da língua.
Nos dias atuais, com mais visibilidade, informação e oportunidades de aprendizado, surdos, intérpretes e outros membros da comunidade continuam trabalhando para que a Libras se torne, cada vez mais, uma porta para a inclusão.
OS AVANÇOS
A Libras foi oficializada como modo de comunicação no Brasil recentemente, e, apesar das conquistas nos últimos anos, ainda há um longo caminho pela frente.
VEJA ALGUMAS LEIS QUE FORAM INSTITUÍDAS EM BENEFÍCIO DA COMUNIDADE SURDA:
2002: Oficialização da Língua Brasileira de Sinais. Proporcionou um maior alcance para a língua e a padronização da comunicação.
2004: As propagandas oficiais do governo devem conter, obrigatoriamente, recursos visuais e legendas. Proporcionou a acessibilidade dos surdos em conteúdos importantes da política.
2005: Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
2010: Regulamentação da profissão de intérprete e tradutor de Libras. Proporcionou a ampliação dos cursos de formação profissional e maior inserção de pessoas trabalhando na área.
2015: Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. “Destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
A acessibilidade e a inclusão são essenciais para uma melhor qualidade de vida dos surdos na sociedade. Essas duas características precisam estar presentes no espaço coletivo, e elas andam juntas no que se refere a inserir de fato o surdo nos relacionamentos sociais.
A presença de um intérprete traz à acessibilidade. Um ambiente onde uma ou mais pessoas saibam se comunicar em Libras, oferece a inclusão.
A pessoa surda tem a capacidade de se desenvolver, aprender e progredir como qualquer outra, mas é necessário que esteja adentrada em um ambiente linguísticamente acessível e inclusivo.
Fonte: Uniaeso