Proteção é transparente para que surdos consigam fazer leitura labial. Veja como ajudar.
Em período de isolamento social, as máscaras faciais se tornaram uso obrigatório e, ao mesmo tempo, um desafio para a comunicação de pessoas surdas – já que o acessório cobre a boca e impede a leitura labial. Para auxiliar as pessoas com deficiência auditiva, o projeto “Ação do Bem” doou 500 itens máscaras especiais para a Pastoral dos Surdos, no Distrito Federal.
As máscaras são feitas com um material transparente, junto a boca, que permite a leitura labial. De acordo com a presidente do projeto Sorlene Ferreira, o acessório vai ajudar na comunicação durante a pandemia do novo coronavírus.
“As máscaras vão beneficiar surdos e outros deficientes auditivos, como idosos que, muitas vezes, também têm dificuldade em ouvir.”
Apesar da distribuição das 500 máscaras na última terça-feira (12), Sorlene contou ao G1 que ainda é pouco para a quantidade de pessoas surdas no DF. Segundo ela, o projeto está arrecadando doações para continuar a confecção (veja abaixo como doar).
A coordenadora da Pastoral dos Surdos do Gama, Tatiane Pires explica que as pessoas com problemas auditivos vêm sofrendo dificuldades em se adaptar ao isolamento social.
“O surdo acabou ficando isolado duas vezes com o uso das máscaras neste momento”.”
Como doar?
De acordo com a presidente do projeto, o interessado pode ajudar com dinheiro, por meio de uma conta bancária ou entrando em contato para doar os materiais necessários para a confecção da máscara facial.
Para mais informações, basta ligar para o telefone (61) 98448-4365.
Libras no DF
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas possuem deficiência auditiva. O número corresponde a 5% da população, mesmo assim a maior parte dos brasileiros não sabe se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais (Libras). Por isso, muitos surdos recorrem a leitura labial.
Conforme a Codeplan, 0,9% da população do DF declara possuir algum tipo de deficiência auditiva. Desse total, 90% fazem uso da Língua Brasileira de Sinais.
Fonte: G1