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Fluência dos professores na língua de sinais, habilidade tradutória e formação dos instrutores de Libras também serão observados

MINAS GERAIS – Em visitas técnicas nas próximas semanas a três escolas municipais,  a Comissão de  Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo deve avaliar o desenvolvimento linguístico dos estudantes surdos, a fluência na língua de sinais por parte dos professores, a competência tradutória dos intérpretes e a formação dos instrutores de Libras. As vistorias, solicitadas por Wagner Ferreira (PDT), foram aprovadas durante reunião do colegiado nesta quarta-feira (8/3). A comissão também decidiu pela realização de audiência pública para debater aspectos da administração do Complexo Esportivo do Boa Vista e por solicitar, à Prefeitura, informações sobre os acompanhantes terapêuticos presentes nas escolas municipais para o auxílio de crianças com deficiência. Confira o resultado completo da reunião.

 Conhecimento construído a partir da Libras

As visitas técnicas solicitadas por Wagner Ferreira atendem a demanda apresentada pelo Movimento Mineiro em defesa da Escola Bilíngue de Surdos. Segundo o parlamentar, a expectativa é de que as escolas visitadas estejam oferecendo uma educação que respeite a língua e a cultura dessa minoria linguística, que são os surdos.

No dia 16 de março, a comissão deve ir a duas escolas: às 8h o destino é a Escola Municipal Paulo Mendes Campos, que fica na Rua Carangola, 288, no Bairro Santo Antônio (Regional Centro-Sul) e, às 9h, a vistoria será na Escola Municipal Professora Isaura Santos, localizada na Rua Hoffman, 80, Bairro Santa Helena (Regional Barreiro). Já na semana seguinte, dia 27, às 11h, a visita será na Escola Municipal Armando Ziller, na Rua Geraldo Ilídio Teixeira, 283, no Bairro Mantiqueira (Regional Barreiro).

Ainda segundo o vereador, inicialmente, a intenção é visitar as três unidades, mas a ideia, entretanto, é verificar se toda a rede municipal está preparada para atender a comunidade surda. “Vamos trabalhar para efetivar a educação bilíngue de surdos em Belo Horizonte. Precisamos entender que a escola bilíngue de surdos garante o ensino da Libras (Língua Brasileira de Sinais) como a língua de instrução dos estudantes surdos. É por meio da Libras que o estudante surdo constrói o conhecimento. O português escrito é segunda língua. Este modelo de escola não é segregacionista. É uma escola que permite o aprendizado de duas línguas com um currículo pensado e estruturado visualmente”, defendeu o parlamentar.

Para a visita, além dos dirigentes das escolas, foram convidados representantes das Diretorias Regionais de Educação e do Movimento Bilíngue Mineiro em Defesa Da Escola Bilíngue.

Acompanhantes terapêuticos

A comissão aprovou ainda pedido de informações sobre os acompanhantes terapêuticos nas escolas municipais. Apresentado por Fernanda Pereira Altoé, o requerimento tem como destinatários o prefeito Fuad Noman e a secretária municipal de Educação, Ângela Dalben, e questiona dentre outros pontos: 1) se todas as crianças com deficiência têm acompanhante terapêutico nas escolas municipais e nas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis); 2) quantos acompanhantes terapêuticos a Prefeitura tem contratados atualmente. 3) qual o tipo de contratação desses profissionais junto ao Município; 4) se há contratados da MGS atuando como acompanhantes terapêuticos escolares; e 5) se caso positivo, quantos são e qual a especialidade desses contratados.

Complexo Esportivo parceria PBH e Vale

Também ficou definido que a comissão fará audiência pública acerca da administração do Complexo Esportivo do Boa Vista, conhecido como Complexo Esportivo Pompéia, localizado na Avenida Itaituba, no Bairro Boa Vista. O pedido de debate é assinado por Rubão (PP), que explica que no local está sendo construído um complexo esportivo por meio de parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a empresa Vale, que financia toda obra, mas há muita falta de informação sobre como e por quem será conduzida a administração do complexo após sua construção. A audiência pública deve ocorrer no próximo dia 22 de março, 9h30, no Plenário Camil Caram.

Participaram da reunião Marcela Trópia (Novo), Professora Marli (PP), Flávia Borja (PP), Cida Falabella (Psol) e Álvaro Damião (União).

Assista a íntegra da reunião.

Fonte: Câmara Municipal de Belo Horizonte

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