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Deputado sugere criação de Coordenadoria especializada em Libras

Em Mato Grosso, são 4.391 alunos sem qualquer tipo de audição e outros 127 com algum tipo de deficiência

O deputado estadual Faissal Calil (PV) apresentou, na sessão de quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), uma Indicação (5767/2021) onde pede a criação de uma Coordenadoria de Tradutores e Intérpretes de Libras na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc). Dados da pasta dão conta de que pouco mais de 4 mil alunos com deficiência auditiva estudam nas unidades de ensino do Estado.

A reivindicação de Faissal se deu após um pedido da senhora Patrícia Bezerra da Silva de Oliveira, residente em Cuiabá, que apontou a falta de um setor responsável pelo planejamento, articulação, coordenação, mobilização e gestão para tradutores e intérpretes de libras na Seduc. Ao todo, em Mato Grosso, são 4.391 alunos sem qualquer tipo de audição e outros 127 com algum tipo de deficiência auditiva.

“Estou pedindo a criação desta coordenadoria aqui na Seduc pois precisamos dar uma atenção especial para aquelas pessoas que possuem algum tipo de deficiência auditiva. Isso ainda não existe na Secretaria. São atualmente 13 escolas que trabalham com esse tipo de educação especial e temos cerca de 5 mil alunos que possuem esse tipo de deficiência”, afirmou Faissal.

A Libras (Língua Brasileira de Sinais) é uma forma de língua natural, criada para promover a inclusão social de deficientes auditivos e reconhecida pelo Governo Federal como uma das línguas oficiais do país. Para o parlamentar, aprender a língua é fundamental para o desenvolvimento nos aspectos social e emocional, não apenas do deficiente auditivo, mas também de todos que fazem parte do seu convívio.

“A crescente inserção de deficientes auditivos nos espaços escolares requer que a Escola os conceba não como meros indivíduos presentes nestes ambientes, mas, como sujeitos constituídos de direitos, que possuem especificidades próprias na maneira de conceber o mundo, de se comunicarem e, principalmente, nas formas de serem ensinados e de adquirirem o conhecimento. E para isso, devem-se ter profissionais qualificados para o ensino das pessoas com essa deficiência”, completou.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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