Projeto brasileiro recebeu US$ 4 mi para criar um tradutor simultâneo de língua de sinais e será o único finalista da América Latina no maior evento mundial de tecnologia e inovação
Quantas vezes o Google Tradutor já te salvou? Muitas, né? Durante uma reunião com executivos de outros países, na hora de escrever um relatório, ou mesmo nas férias viajando para o exterior.
Pois um grupo de brasileiros inventou uma ferramenta muito parecida, só que para traduzir uma outra língua: Libras (Língua Brasileira de Sinais). O projeto foi criado por pesquisadores do CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife).
- A tecnologia desenvolvida pelo time usa Inteligência Artificial para identificar os sinais a partir de uma extensa base de dados sobre a Libras.
- O projeto demorou cinco anos para ser desenvolvido e contou com um financiamento de US$ 4 milhões por parte da Lenovo.
Talento reconhecido internacionalmente
A criação revolucionária foi a única finalista latinoamericana na SXSW 2024, evento internacional de inovação e tecnologia, na categoria Inteligência Artificial.
O CEO da CESAR, Eduardo Peixoto, comemorou: “Estamos muito felizes pelo reconhecimento deste projeto, que tem um papel tão especial para a inclusão de pessoas com deficiência”.
Inclusão é a palavra-chave
O projeto tem potencial para facilitar a vida de cerca de mais de 10 milhões de cidadãos brasileiros que possuem algum nível de surdez.
- Segundo o IBGE, o número representa 5% da população.
- 2,7 milhões possuem surdez profunda.
Durante o desenvolvimento do projeto, os pesquisadores constataram que os momentos de maior dor para o usuário surdo/deficiente auditivo ocorrem ao buscar informação e detalhes sobre o que comprar.
“Entendemos a importância da acessibilidade e inclusão e, junto com a Lenovo, buscamos desenvolver algo de impacto para a sociedade. Usar a tecnologia a favor de uma comunidade de pessoas é muito gratificante”, finaliza Eduardo Peixoto.
Quando é o lançamento oficial do tradutor?
A companhia ainda não tem uma data definida para o lançamento, mas pretende disponibilizar a tecnologia ainda neste ano.
Fonte: Exame