A educação inclusiva é um modelo educacional que busca garantir o acesso, a participação e o aprendizado de todos os alunos, independentemente de suas diferenças ou necessidades.
Como uma pessoa que necessita dessa atenção, a pós-graduanda Tami Lessi Caldeira, que é uma pessoa surda, decidiu abordar o tema em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado na última sexta-feira (15 de março).
O trabalho, intitulado de “Políticas Educacionais de Inclusão a partir dos Direitos Humanos”, foi feito em libras com tradução simultânea para português e teve como orientadora a professora do IFMT Adriana Martins de Oliveira, que possui experiência na área de psicologia escolar e educacional.
O trabalho iniciou contextualizando as políticas atuais de educação inclusiva e sua relação com os direitos humanos, mencionando, inclusive, a Declaração dos Direitos Humanos, criada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Foi feito um esforço em vários países para buscar a igualdade das pessoas. Então, antes não havia igualdade, graças ao esforço em grupo, que a sociedade passou a ver como importante os direitos humanos”, explica.
De acordo com a estudante, a educação inclusiva tem a função de assegurar que todos tenham direito à educação, especialmente as pessoas com deficiência. Ela ressaltou, ainda, a busca em abordar um tema que tivesse de acordo com a sua identidade e questões de vida. “Eu vou explicar um pouco da minha experiência”.
A banca examinadora da estudante foi composta pela orientadora do trabalho e os professores Andreia Marcia Gomes, Paulo Henrique Bueno Lopes e Tarcísio Paciulo Castilho, além das intérpretes de libras Elaine Cristina de Lima e Alessandra Mariza Leite.
“Eu fiquei admirado com o trabalho. O trabalho foi muito bem estruturado. Parabéns, Tami e a professora Adriana, pela complexidade e qualidade do trabalho”, elogia o professor Paulo.
Já a orientadora Adriana ficou bastante emocionada em descrever o progresso da aluna durante a pós-graduação. “Eu estou muito orgulhosa do percurso que a Tami teve na pós-graduação, das notas que ela tirava em todas as disciplinas, da participação dela em sala de aula. Ela sempre foi uma aluna excepcional e contribuiu muito com o desenvolvimento do curso”.
Após as considerações, o momento mais aguardado: a aprovação. Tami conquistou nota máxima no trabalho apresentado e, consequentemente, tornou-se especialista em Educação Inclusiva.
Fonte: IFMT