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Audiência ocorreu na Vara de Proteção à Mulher, em Rio Branco. Vítima relatou que sofreu agressões do companheiro por vários anos.

ACRE – Com a ajuda de dois intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), uma mulher surda relatou que era vítima de violência doméstica durante uma audiência na Vara de Proteção à Mulher, no Fórum Criminal da Cidade da Justiça.

A audiência ocorreu na segunda-feira (5) e foi divulgada somente na sexta-feira (9) pelo Tribunal de Justiça do Acre.

A mulher relatou que sofreu agressões do companheiro por vários anos e que, por muitas vezes, foi obrigada a se prostituir. Além dela, foram ouvidas a mãe e a irmã da vítima que confirmaram as agressões. O processo segue em segredo de Justiça.

Para facilitar a comunicação dos mediadores com a vítima durante a audiência de oitiva, a Justiça contou com o apoio de dois intérpretes da Central de Interpretação de Libras do Estado do Acre (CIL). A Central presta serviço às pessoas surdas em atendimentos públicos.

O intérprete Idelvan Albuquerque, de 23 anos, foi um dos que auxiliou na audiência. Segundo ele, o trabalho da Central é muito importante para garantir a inclusão dos surdos nas diversas esferas do poder público.

Albuquerque conta que se interessou pelo estudo de Libras por ter um irmão surdo e saber da dificuldade que existe.

“A gente trabalha em postos de saúde, hospital, delegacia, Ministério Público e no poder judiciário quando solicitam. A ideia é garantir o direito do surdo de ter a comunicação. Às vezes, ele procura um serviço e a pessoa não sabe a Libras, então chamam a gente da central para fazer essa comunicação”, disse Albuquerque.

Fonte: G1 Globo

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