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O projeto é da equipe do Sine PcD (Pessoa com Deficiência) com a Central de Libras do Pará (Cilpa) para estimular empresas a contratarem as pessoas surdas

A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), através do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania(CIIC), realiza mais uma edição da oficina de conhecimentos básicos de Libras para representantes de empresas parceiras do Sistema Nacional de Emprego (Sine). A capacitação se iniciou nesta sexta-feira (11), e se estende por todo mês de junho, sempre às sextas-feiras.

Gilciane Gomes é assistente social no Centro e está à frente do curso. Ela conta que a iniciativa é uma forma de fomentar a inclusão da pessoa surda no mercado de trabalho e desmitificar alguns pontos dessa comunicação.

“Essa é a terceira versão da oficina, que surge em face da dificuldade da inclusão do surdo no mercado de trabalho. Algumas empresas justificam essa ausência de contratação devido a dificuldades nessa comunicação ou pela ausência do conhecimento em libras. Então pensando nisso nós mantivemos a oficina, repassamos informações básicas estimulando o aprendizado e fazendo com que esses profissionais não aprendam somente os sinais, mas também aprendam a se comunicar, a lidar com os surdos”, explica.

O projeto foi elaborado pela equipe do Sine PcD (Pessoa com Deficiência), em parceria com a Central de Libras do Pará (Cilpa), para estimular empresas de diferentes segmentos à criação de estratégias de inclusão no mercado de trabalho para o público surdo. Este ano  curso é dividido em duas turmas, manhã e tarde, com carga horária diária de 3h. Pelo menos 13 empresas participaram do processo de inscrição.

Ana Lobato atua como encarregada de frente de loja em uma rede de supermercado, ela que gerencia uma equipe de aproximadamente 100 pessoas e diz que a oficina vai ajudar no processo de seleção e comunicação em grupo.

“Para mim essa atividade é de extrema importância. Mesmo a gente fazendo o possível para se relacionar, ainda tem coisas que a gente não consegue entender, então a partir de agora a comunicação vai ser melhor. Eu administro equipes, hoje, temos 12 pessoas surdas em nosso grupo, e isso vai ajudar na relação e interação com eles”, comentou Ana Lobato.

“Desde o início da nossa gestão temos fortalecido parcerias aqui no CIIC em prol da qualificação do público direto e indireto. Queremos tornar esta oficina uma atividade permanente aqui no centro, já que neste ano, por conta da pandemia, as próprias empresas nos procuraram incentivando a realização de ensinos que contribuam na melhora do atendimento voltado à Pessoas com Deficiência”, informou o coordenador do CIIC, Felipe Bordalo.

Fonte: Agência Pará

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