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Candidatos surdos, que fizeram as provas do concurso da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) no domingo, 21 de abril, ingressaram com ação na justiça pedindo a suspensão do concurso.

Eles alegam que não houve acessibilidade adequada, como a presença de um intérprete, por exemplo, durante a realização da prova.

A professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Gisele Oliveira, que também é representante da comunidade surda de Natal, explicou que o concurso trouxe prejuízos para a comunidade.

“O concurso realizado pela banca Idecam trouxe sérios prejuízos para a comunidade surda, uma vez que desde o edital não houve acessibilidade. Como é que eu vou um concurso para pessoas surdas que tem a Língua Brasileira de Sinais como primeira língua, e desde o edital não foi acessível? As informações da banca para os candidatos foram em língua portuguesa. A pessoa surda não tem a língua portuguesa como primeira língua”, afirmou, explicando ainda que os intérpretes presentes foram orientados a não traduzirem a prova.

Para a professora, houve desrespeito com os candidatos que solicitam a reaplicação da prova com a acessibilidade necessária. O pedido, no entanto, foi indeferido. O juiz argumentou que os candidatos só entraram com a ação após constatar o baixo rendimento nas provas.

A defesa alega que o pedido foi realizado antes mesmo da divulgação dos resultados. O pedido cabe recurso.

Fonte: Blog do BG

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