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Estudantes da 8ª etapa de Medicina da Unaerp Guarujá estão vivenciando a prática de atendimento inclusivo em Saúde voltado à população surda. Eles estão aprendendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em uma das disciplinas da grade curricular do curso, visando prepará-los para uma comunicação mais efetiva na assistência em Saúde.

SÃO PAULOLibras é uma língua gestual-visual para comunicação através de gestos, expressões faciais e corporais que constitui de ferramenta de comunicação com a pessoa surda. A partir do conhecimento da língua, e de abordagens baseadas em recursos visuais ensinados pela docente da disciplina, a professora surda Maria Elisa Della Casa Galvão, os alunos tiveram uma atividade prática de atendimento inclusivo.

Recentemente, eles realizaram a simulação de uma consulta médica à surda e instrutora de Libras, Mirelle Pinho de Jesus, onde os futuros médicos puderam vivenciar a inclusão nessa interação médico-paciente. Mirelle Jesus aprovou o atendimento. “Foi ótimo o treinamento da prática em Libras, para um melhor atendimento e inclusão. A importância desse preparo dos alunos é a comunicação com os pacientes surdos, sendo um bom método para se obter escuta qualificada e excelência do cuidado em saúde.”

Um dos alunos de Medicina, Ítalo Carraro, considera muito importante esse conhecimento durante a formação médica. “A universidade focando nos grupos que precisam de atendimento em saúde é muito importante para estarmos preparados para lidar com todo tipo de paciente. Vamos saber lidar com pacientes surdos, e é algo que temos que procurar evoluir para não perdermos a prática.”

A docente Maria Elisa Della Casa Galvão, que é mestre em Educação, explica que o objetivo é atender o paciente surdo com qualidade e mais humanização. “Ao conhecer as estratégias de comunicação em Libras, isso efetiva a inclusão do paciente na área da Saúde”. A docente considerou muito positiva a experiência dos estudantes. “Eles usaram sinais básicos fundamentais e mostraram que aprenderam a utilizar bastante recursos visuais, bem como apresentar calendário para uso de medicação. Senti neles a importância real e preocupação deles com a paciente surda.”

Esse diferencial privilegia o contato entre médico e paciente, como destaca o coordenador do curso, Prof. Dr. Geraldo Magela Nogueira Marques. “Você consegue manter uma comunicação direta com o paciente, a conversa direta, os sinais, isso é acolhedor para o paciente. O sucesso do tratamento é muito maior.” E com esse conhecimento é dado no curso no final do ciclo clínico visando preparar os alunos para o contato com os pacientes no internato.

A supervisora acadêmica, Profa. Dra. Nazareti Pereira Ferreira Alves, esclarece que a iniciativa da universidade em ofertar Libras no currículo do curso é para municiá-los deste recurso de comunicação com a população surda. “Com isso, primamos pela qualidade da formação do profissional médico para favorecer essa interação e proporcionar um atendimento de excelência na área da saúde.”

Fonte: Unaerp

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