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A campanha pede que a informação em horário nobre seja repassada também aos surdos e falantes de Libras.

Que saber se comunicar é extremamente importante e faz toda diferença, todo mundo sabe. A comunicação, é basicamente, um processo que envolve uma pessoa que emite, outra que recepta e outra que transmite a mensagem. Saber se comunicar é fundamental para o entendimento e o envolvimento em relações sociais.

Pensando nisso, o Grupo Plurilinguismo e Política Linguística composto por alunos da UFPA, está lançando um campanha de mobilização que busca levantar a hashtag #LibrasNoJN para atender uma demanda por informação de qualidade no horário nobre para aqueles que compreendem a língua de sinais.

A ação acontecerá nesta quarta-feira (27) e pede apoio à sociedade paraense e brasileira para se juntarem a causa.

O Doutor e professor da Universidade Federal do Pará, Arimir Cunha Filho, explica que o grupo de política linguística trabalha com a promoção de línguas no Brasil. Segundo ele, “no país existe um monolinguísmo, onde só a língua portuguesa é a única língua, as outras línguas convivem entre nós, mas no entanto, não são percebidas e nem promovidas para que novos falantes possam se incluir nessas comunidades de fala”.

De acordo com o professor universitário, entre as línguas, não há ações de incentivo para que a língua de sinais, por exemplo, possa ser ensinada para novas pessoas. “as políticas ainda são insatisfatórias, porque ainda não há o ensino de libras no ensino regular, através da escola pública. A libras não é promovida e colocada como língua de aprendizagem nas escolas, para que assim, a gente aumente o número da comunidade de libras fazendo ela expandir e ganhar o status de L2, língua segunda no território brasileiro”, disse.

Além disso, o Grupo Plurilinguismo e Política Linguística notou também que há uma carência no setor de informação de qualidade no horário nobre para os grupos que compreendem a língua de sinais. “Nossa primeira ação será articulada com a comunidade de libras em todo o Estado e Brasil, nós vamos levantar a hasntag #LibrasNoJN, porém não vamos nos limitar a isso”, enfatizou. “Essa será a primeira de muitas ações nas redes sociais para sensibilizar os veículos de comunicação e seus telejornais a atentarem para o público surdo e os seus envolvidos”.

Ainda de acordo como professor, a comunidade de surdos está reduzida à interpretes, o que limita a circulação dos indivíduos que se restringem a figura de interpretes para que aconteça a interação com o ouvinte. “Essa forma de conduzir o grupo de libras, que corresponde entre 5% a 10% da população brasileira, o que indica 5 a 10 milhões de pessoas, mas ainda está reduzida a condição de intérprete”.

Serviço:
Mobilização nas redes sociais com o engajamento da hashtag #LibrasNoJN
Horário: A partir das 9h se estendendo ao longo do dia.

Fonte: Diário Online

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